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Conheça-te a ti mesmo!
uma breve reflexão sobre o autoconhecimento

por Carina Souza

Mãe, esposa, amiga, irmã, psicóloga, pedagoga,

psicopedagoga, curiosa, inquieta e outros mais...em contrução

No início do pensamento filosófico, Sócrates já levantava a bandeira do autoconhecimento, tema atual e necessário para quem deseja ter uma vida mais plena. A ideia é que conhecendo a nós mesmos, possamos desenvolver a capacidade de perceber as próprias emoções e lidar melhor com elas.

As emoções são em grande parte o cerne de nossas vidas, normalmente, elas estão em todos os nossos atos diários, mesmo que de maneira involuntária e inconsciente ela nos guia, apesar de muitas pessoas se dizerem guiadas exclusivamente pela razão.

Podemos dizer que a emoção e a razão são dois contrários íntimos que se atraem e se distanciam constantemente. Neste conflito a emoção sai vencedora dependendo da intensidade dos sentimentos. Goleman (2012) explica que esta propensa vitória da emoção faz parte de nossa evolução biológica, onde pensar racionalmente antes de agir poderia ser sinônimo de morte ou vida.

Na maioria de nossas experiências, emoção e razão ‘dançam’ em harmonia, até a balança inclinar e os sentimentos intensos aflorarem. Se compararmos as emoções ao mar, elas seriam as ondas que vem e vão, às vezes com intensidade, às vezes com leveza, mas nunca deixando de fluir. Tsunami de sentimentos que temperam a vida, mas que muitas vezes nos deixam desnorteados, pois não conseguimos ter controle total sobre elas.

Pensando com a razão, imaginamos um caminho claro e certeiro, mas este se embaça com o sentir intenso de emoções, como o medo, o ciúme, a ansiedade, a tristeza, a raiva, o amor e outros que são capazes de provocar ações impulsivas. Desenvolver a capacidade de perceber as próprias emoções, ou seja, conhecer a si mesmo é um ponto fundamental de uma teoria chamada Inteligência Emocional, desenvolvida pelo psicólogo, escritor e jornalista americano Daniel Goleman. Para este autor, entendendo como nos sentimos e como esse sentir afeta nossos comportamentos podemos nos tornar eficientes em direcioná-las e/ou lidar com ela com menos sofrimento.   

É importante pontuar que a Inteligência Emocional não é evitar as emoções, pois isso é impossível. Mas, de posse das habilidades que esta teoria ensina nos tornamos capazes de identificar a emoção que está surgindo dentro de nós e pensar como podemos atuar quando estamos a ponto de ter reações socialmente complicadas e até mesmo catastróficas. Vamos pensar em uma pessoa que tem dentro de si o sentimento de raiva mais aflorado e começa uma discursão, se ela aprendeu sobre si e entende que tal debate está começando a despertar o sentimento de hostilidade que possivelmente pode gerar uma reação agressiva de sua parte, ela pode decidir sair antes da ‘explosão’, dar uma volta até se acalmar e retornar para continuar, mas desta vez com uma postura mais tranquila. Lógico que este exemplo é de uma situação mais simples, mas serve para visualizarmos que a capacidade de perceber as emoções pode ajudar a lidar com situações adversas que poderiam virar um forte conflito, muitas vezes evitável.

Abaixo segue algumas aptidões trazidas por Goleman (p. 66, 2012) que se desenvolvidas podem auxiliar no autoconhecimento e consequentemente na Inteligência Emocional:

  1. Conhecer as próprias emoções – entender os sentimentos quando eles surgem é o cerne da Inteligência Emocional e é essencial para desenvolver o autoconhecimento, pois quando não entendemos uma reação de raiva, de ansiedade, de mágoa e outros ficamos a mercê destes, incapazes de atuar de outra forma a não ser na reação impulsiva do sentimento.

  2.  Lidar com emoções – “Lidar com os sentimentos para que sejam apropriados é uma aptidão que se desenvolve na autoconsciência” (Goleman, 2012, p.67). Quando não conseguimos lidar com esta aptidão normalmente há um sofrimento pela luta e conseguinte fracasso.

  3. Motivar-se – Focar em algo e deixar aquilo que lhe dá prazer e satisfação de lado, mantendo a impulsividade sobre controle até alcançar o objetivo é o que faz esta aptidão transformar quem o tem em pessoas mais eficientes.

  4. Reconhecer emoções nos outros – Sinônimo de Empatia, as pessoas que tem esta habilidade são mais ligadas ao que ocorre com outros sujeitos a sua volta. Normalmente quem tem empatia é uma pessoa mais altruísta.

  5. Lidar com relacionamentos – Está relacionada à capacidade de lidar com as emoções de outras pessoas. Adquirindo esta habilidade a pessoa é capaz de interagir com brilhantismo com qualquer pessoa.

 

O ser humano está em constante construção e por isso adquirir a habilidade de perceber as próprias emoções, conhecendo mais a si mesmo é importante e possível. A psicologia é a ciência que estuda a psique humana e pode ser um excelente aliado nesta busca. 

Fazer terapia com um psicólogo é para pessoas que desejam se conhecer mais, romper com comportamentos que geram sofrimento e lidar com conflitos do dia a dia. Ou seja, terapia é para todos. Busque e viva de maneira mais plena! 

 

 

Referência Bibliográfica:

Goleman, Daniel, phd.D. Inteligência emocional: a teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente. 2º ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012.

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